sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Eu escolhi não esperar!

Acredito que, de algum modo, eu posso escolher. Por isso, escolhi não esperar. Escolhi não esperar “ver o tempo passar”, mas passar com ele – de um lugar a outro.

Não espere, vá atrás! Procure ser uma pessoa com um relacionamento mais aprofundado com Deus. Não espere! Busque viver experiências boas, importantes e, quem sabe, até arriscadas, às vezes, mas que possam valorizar a vida que você tem. Não espere o tempo passar, achando que ao fim de 10 anos as coisas vão mudar se você não fizer nada para que elas realmente mudem.

Prepare-se para ser um homem ou uma mulher de Deus, que tenha experiências com Ele e que conheça Sua doutrina e amor. Caso contrário, esperar é a maior perda de tempo. Aprenda a sofrer por amor ao evangelho, a renunciar suas próprias vontades e a exalar o perfeito perfume de Cristo.

Sonhe – mas caso queira realizá-lo, não espere. Vá atrás! E vá correndo, pois o tempo não irá simplesmente lhe esperar para que você consiga realizar seus sonhos. Tudo continua da mesma forma, e o tempo segue no mesmo passo.

Leia bons livros, mas ouse um pouco mais. Permita-se viver além da leitura. Experimente, na prática, o que o livro não lhe proporciona. Sinta na pele o que páginas e mais páginas não podem lhe fazer sentir.

Seja uma pessoa com histórias peculiares e experiências únicas que possam compor parte de sua vida e que resultem em uma identidade sua, a qual ninguém poderá copiar – e você não precisará fazer esforço algum para externá-la. “Culture-se”, não por moda, não por aparência, mas por coração e alma.

Viaje – conheça outros lugares. Aprecie outras culturas, ouça outros sons. Experimente uma comida diferente. Conheça outras pessoas e permita-se ser conhecido. Ouça histórias e conte um pouco da sua. Não duvide da capacidade de ninguém. Alguém que talvez não saiba usar as palavras ou a tecnologia como você, de outro modo, pode saber usar a mente de maneira incrível ou ter habilidades totalmente diferentes das que você tem. E pode, até mesmo, ser “mestre” no que sabe.

Se for possível, fotografe; do contrário, apenas sinta e viva aquele momento o qual fotografia nenhuma poderá reproduzir. Se você quer ter sombra, plante ao menos uma árvore. Se quiser comer, é bom que trabalhe!

Se você quer encontrar alguém de Deus, seja, no mínimo, uma pessoa de Deus. Contudo, seja uma pessoa de Deus pela necessidade de ser plenamente satisfeito nEle, e não pela necessidade de encontrar alguém. Isto é uma possível consequência.

Meninos – preparem-se para ser homens! Não apenas “alguém do sexo masculino”, mas “homem o suficiente” para poder viver o plano de Deus pra você aqui na terra. “Ser homem”, acredito, vai muito mais além de “ser macho”. É ter coragem, atitude e amor o suficiente para dar a vida por alguém. Treine mais isso em vez de publicar fotos que mostrem seus músculos. Seja alguém que saiba mais de Bíblia do que de futebol. Ser homem é dar segurança e abrir mão de algo que tanto queira pra poder fazer alguém feliz. É ser responsável por aquilo que fez e ter coragem de assumir – mesmo quando for um erro.

Meninas – preparem-se para ser mulheres! Não apenas “alguém do sexo feminino”, mas “mulher o suficiente” para poder viver o perfeito plano de Deus para a sua vida. Alguém que se preocupe mais em cuidar do seu próximo do que em cuidar dos inúmeros saltos que possui – mas que também não se esqueça dos saltos. Seja uma mulher que prefira depositar em Deus as suas necessidades, dores e lágrimas, e não em uma rede social. Alguém que se preocupe mais em ler a Bíblia e obedecer a seus pais do que com o “look do dia”. Alguém que suporte em amor e que seja capaz de não gritar quando estiver de cabeça quente, mas sim, falar com calma e no momento devido – mesmo estando certa (por respeito e amor). Alguém que ouse caminhar sob a mesma missão de outro, em amor.

Enquanto alguns esperam...

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Princípio do perdão

Temos visto e conhecido o perdão como um elemento importante, que muito representa o evangelho e a centralidade dele: Cristo. Porém, da mesma forma, temos percebido, de maneira crescente, um fundamento errado na concepção de perdão.

Em simples palavras: exercemos o perdão quando alguém erra contra nós. Se alguma pessoa errou contra mim, devo perdoá-la. Contudo, qual é, afinal, o real motivo do perdão? – Quero que entenda que não há algo, na pessoa que praticou o erro, que justifique o perdão. Também não há nada que ela possa fazer para “merecer” seu perdão.

Se você fez algo contra mim e que me feriu, eu preciso lhe perdoar. Mas não porque depois você fez alguma coisa boa, ou me agradou, ou me presenteou. Afinal, se eu lhe perdoo por qualquer uma destas razões, eu estaria, na verdade, “negociando” ou “condicionando” o meu perdão (uma atitude, no mínimo, bastante interesseira). Seria mais ou menos assim: “Faça-me algo de bom, que eu lhe perdoo pelo mal que você me fez anteriormente”. Infelizmente, muitas vezes, temos agido assim.

O perdão não é algo dado a alguém por “merecimento”. Não devemos procurar em nosso próximo algo que o faça ser digno de perdão. É por isso que, por diversas vezes, temos dificuldade em perdoar – porque queremos algo em troca, ou que a outra pessoa faça alguma coisa que a torne merecedora. O perdão é concedido através de um ato de amor, e este, por sua vez, é inegociável e incondicional. (Que bom que Jesus nos ensina sobre o perdão, no capítulo 6 de Mateus, após já ter nos ensinado, no capítulo 5, que devemos amar nossos amigos e inimigos!).

Embora a Bíblia nos ensine bastante a respeito do perdão, temos trocado, muitas vezes, consequências por princípios.

Princípio
Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” Efésios 4:32

Princípio: Perdoe seu próximo como (e porque) Cristo perdoou você.

Consequência
"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas." Mateus 6:14-15

Consequência: Se você não perdoar aos homens, Deus não perdoará você.

Há uma relação muito importante entre “princípio e consequência”. O fator principal em nossas vidas deve ser: viver os princípios bíblicos por obediência e amor a Deus (em vez de: obedecer aos princípios por medo das consequências). Há uma profundidade muito grande nisso que pode mudar radicalmente a maneira de vivermos o evangelho.

O princípio é sempre o motivo pelo qual você deve agir em determinadas situações. A consequência sempre será um fator condicional nas atitudes que você tomar, caso não obedeça aos princípios. Perceba, na frase abaixo, uma verdade, porém, estabelecendo apenas a consequência:

Converta-se a Cristo, senão você vai para o inferno!

E agora trazendo o princípio:

Converta-se a Cristo porque Ele muito lhe amou e se deu para morrer em seu lugar!

Os princípios de Cristo são sempre fundamentados no amor. Deus os fundamenta em si mesmo (porque Ele é amor) e não em qualquer condição do homem pois sabe que qualquer motivo para agir que não seja Seu amor, Sua glória e Seus atributos é insuficiente.

Viver observando a consequência nos traz um peso muito grande e faz-nos sentir presos (não a Cristo, mas ao medo das consequências), ao contrário de viver observando os princípios (que nos traz paz). Na realidade, isso também nos prende, mas a Cristo e ao Seu amor.

Finalizando em poucas palavras:
Perdoar alguém está mais relacionado ao amor e ao fato de sermos imitadores de Cristo (fazendo o que Ele fez e faz conosco) do que a algo que devemos fazer para ficarmos livres, sem culpa ou impedidos de crescer espiritualmente. Infelizmente, muitas vezes, em vez de exercermos a misericórdia e o amor que temos (ou deveríamos ter) pela pessoa que errou contra nós, encaramos a questão de "liberar perdão" como um processo em favor da nossa própria saúde espiritual. Talvez seja mais fácil ouvir: "Perdoe o seu próximo para que você não fique preso e impedido de crescer!" do que: "Perdoe o seu próximo porque Cristo assim fez conosco, demonstrando seu grande amor por miseráveis pecadores!". Qualquer coisa que não seja amor é pouco para exercer o verdadeiro perdão.

Texto: Willy Menezes
Revisão ortográfica: Pablo Aires

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Satisfação e aceitação

Depois de bastante tempo sem escrever por aqui, Deus tem relembrado algo em meu coração que sempre tenho compartilhado com alguns amigos. Penso que seja uma boa ideia compartilhar com vocês também.

Em nossos dias, é aparentemente comum nos depararmos com certas responsabilidades que, ao serem satisfeitas, nos dão a sensação de que realmente cumprimos o dever que precisava ser cumprido. Este é um senso normal de responsabilidade, o qual é, no mínimo, muito importante.

Entretanto, quando olhamos para a Bíblia, entendemos que nem tudo é do jeito que sentimos ou pensamos. E infelizmente, este mesmo senso de responsabilidade conduzido e interpretado de maneira errada pode complicar um pouco a nossa vida cristã. Vamos já entender!

Por muitas vezes, somos bastante zelosos no que diz respeito à obra de Deus e isto não é necessariamente um problema. Em muitos momentos, nos focamos em realizar algo da melhor maneira possível, ou seja, não queremos errar (e isso é ótimo), mas sim, cumprir certas responsabilidades diante de Deus por alguns motivos. Contudo, um grande problema pode ser iniciado a partir daí se o nosso coração não estiver no centro da vontade de Deus.

Infelizmente, interpretamos de maneira muito errada certas situações quando consideramos, para com Deus, o mesmo senso de responsabilidade que utilizamos para tantas outras coisas; acreditamos, por muitas vezes, que realmente precisamos ter todo o zelo, fazer o melhor e ser perfeitos para, deste modo, recebermos a aprovação de Deus. Além disso, outro problema nisso tudo é o fato de que, quando não alcançamos êxito naquilo que fizemos, sentimo-nos reprovados diante de Deus, indignos, insatisfeitos, fracassados e arrasados.

Começamos a acreditar que Deus não nos aceita por conta do nosso fracasso. Lamentavelmente, isto pode ter uma consequência ainda maior. (Entenda que não estou dizendo que você não deve fazer algo com excelência para Deus. Porém, o fato é que isso não te fará mais aceitável e atraente para Ele – esta não pode e não deve, portanto, ser a finalidade de suas ações).

Entendo que, por muitas vezes, procuramos desempenhar nossas atividades com o maior zelo possível com o intuito de agradar a Deus porque Ele é santo e merece o melhor. Porém, se essa busca for conduzida de maneira errada, poderemos nos encontrar diante de algo que, infelizmente, ainda é um grande problema em nosso meio: sacrifícios e grandes obras em busca da satisfação e aceitação. Te explico melhor!

Quando pensamos desta forma, estamos procedendo como quem procura por recompensas ou, ainda, como alguém que quer se tornar “mais apresentável” diante de Deus. Em diversas vezes, agimos com esse tipo de “propósito” quando exercemos algum cargo na igreja, participamos de vários ministérios, realizamos missões e evangelismo, fazemos jejum e caminhadas de oração, pregamos, discipulamos, dançamos, gritamos, corremos, trabalhamos em várias coisas na igreja, passamos madrugadas acordados, subimos no monte... E no fim, por causa deste nosso “senso de responsabilidade”, acreditamos que, ao cumprir todas estas coisas, receberemos uma maior aprovação diante de Deus e que Ele se achegará a nós por causa de tantas “obras excelentes” realizadas. Na verdade, nada disso nos faz aceitáveis diante de Deus. A única “obra” que proporciona isso decorre do que o próprio Jesus Cristo fez por nós: a redenção pelo Seu sangue. É somente por meio de Sua graça que podemos ter essa aceitação, afinal, o que realmente merecemos por nós mesmos é a morte, e morte eterna!

Não seremos melhores enquanto estivermos preocupados primeiramente em apresentar grandes coisas (ou grandes ofertas e sacrifícios) diante de Deus. Devemos ter sempre em mente que o que agrada a Deus é, na verdade, o fruto que provém de um coração rendido a Ele. Veja o que diz a palavra:

Com que me apresentarei ao Senhor, e me inclinarei diante do Deus altíssimo? Apresentar-me-ei diante dele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, ou de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?” Miquéias 6:6-8

O excesso de atividades relacionadas às coisas de Deus nos dá, em diversos momentos, a sensação de realização, satisfação e dever cumprido com Deus. Precisamos entender, contudo, que não temos condições de fazer o que o próprio Deus já cumpriu por meio de Cristo. Infelizmente, por falta de entendimento, acabamos nos envolvendo em um verdadeiro “ativismo”: começamos a andar de um lado para o outro, nos cansamos e, ao final de tudo, encontramo-nos saturados, esgotados e insatisfeitos. Passamos a viver nesta constante busca pela aceitação de Deus e da igreja através das nossas obras e ações e acabamos nos esquecendo do principal, da melhor parte:

Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.” Lucas 10:40-42

Observando o trecho acima, podemos perceber que não era errado o fato de Marta querer servir, afinal, isso é bíblico. Em muitas situações, contudo, iremos nos deparar com atividades e responsabilidades que “são de Deus”, que “são bíblicas”, mas que não devem ser assumidas apenas pelo fato de “serem boas”. A verdade é que, em determinados momentos, Deus quer apenas que aquietemos nossos corações, respiremos fundo e nos coloquemos atentos à Sua voz; quer que nos separemos para orar e ler sua palavra, contemplá-lo e descansar n’Ele. E até mesmo, quem sabe, ir pescar, fotografar um pouco ou conversar por horas com os amigos.

Toda boa obra e tudo o que fizermos deve ser fruto da salvação de Cristo em nossas vidas. De maneira nenhuma O recompensaremos por obras quaisquer que venhamos a fazer. Porém, isso não invalida o fato de termos que servir a Deus sempre com excelência; o que não podemos é acreditar que isso nos tornará melhores, mais santos e aceitáveis diante d’Ele e esperar que Deus nos diga um “obrigado” por isso.

"Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer." Lucas 17:10

Deus nos ama independentemente de nossas obras, ou seja, o seu amor não depende de esforço algum da nossa parte. Se fosse considerar o que fazemos, Ele nos odiaria eternamente. Entretanto, Ele nos ama simplesmente porque decidiu nos amar! E este, portanto, é o principal motivo pelo qual você deve se sentir amado por Deus e pelo qual devemos ser eternamente apaixonados por Ele!


Coisas que não estou dizendo:

·         Que você não deve procurar fazer com zelo as coisas do Senhor;
·         Que você não pode ou não deve ficar satisfeito com seu trabalho;
·         Que Deus não se importa com o que você faz ou deixa de fazer;
·         Que pra Deus tanto faz você fazer bem feito ou mal feito;
·         Que você não deve realizar boas obras;
·         Que seu trabalho é em vão para o Senhor;
·         Que você não deve fazer algum esforço ou sacrifício na obra de Deus.


Texto: Willy Menezes
Revisão ortográfica: Pablo Aires


quarta-feira, 6 de março de 2013

O declínio da Igreja e um silêncio de esperança

A Igreja, de maneira geral, parece estar em um estado de declínio. Não em número de membros, não em quantidade de templos construídos, muito menos em receitas arrecadadas; mas em amor, misericórdia, compaixão e na simplicidade de viver o evangelho em sua essência.

Não é difícil encontramos dentro de igrejas pessoas que se sentem “vazias”. E pra parecer talvez ainda mais estranho, todos os domingos estão presentes nos cultos, cumprem os ritos necessários e ofertam, mas nada parece mudar. Há um vazio, um silêncio que grita (por vida) dentro de suas almas. Mas que parece um pouco ainda sem sentido.

Há ainda aqueles que se sentem tão pouco amados - o que não deixa de ser uma verdade na maioria das vezes. Muitos destes ainda assim são obrigados a ouvir uma certa mentira no: “diga ao irmão que está ao seu lado que você o ama e que ele é especial pra você” (glória a Deus quando isso é verdade, mas infelizmente parece que em poucas vezes).

Não é de se assustar que muitos acabam esfriando, se decepcionando com o posicionamento da Igreja (que por sinal, sou parte), e por fim se afastam do convívio daquele povo que se reúne periodicamente em um local e que diz ser a Igreja. As vezes olhamos para o lado, encontramos outra parte que corre, corre mas parece que sem sentido ou sem direção. Sem fruto, sem resultado, apenas energia e no fim, lágrimas de uma vida exausta.

Existe uma preocupação tão grande com coisas desnecessárias e que acabam tomando muito da nossa atenção e nos cansando, nos saturando. Enquanto isso, deixamos de lado a prática do amor, o cuidado com as almas. Brigamos tanto por defender nossas denominações e doutrinas humanas, mas lutamos tão pouco por salvar e cuidar de vidas.

Outra parte da Igreja acaba se acomodando. Criamos uma superficialidade no relacionamento com Deus e atribuímos o levantar as mãos e cantar algumas canções aos domingos a uma intimidade com Deus. E infelizmente até nos refugiamos em algumas obras sociais ou outros trabalhos, sorrindo e com um olhar de piedade (sem muitas vezes termos um verdadeiro amor).

O mundo espera pela manifestação da Igreja de Cristo. E nós podemos fazer isso!

Enquanto tudo isso acontece a Igreja parece ficar em silêncio, mesmo muitos já sentindo uma imensa dor e uma grande necessidade de transformação. Com tudo isso ainda é difícil a Igreja tomar uma atitude de mudança. Mas sei que uma pequena nuvem se aproxima, e que com ela, um grande mover de Deus sobre a nossa geração. Somos ainda poucos talvez, mas importa é que Deus esteja a nossa frente e que tudo isso que sentimos, seja por cuidado do Espírito Santo.

De repente você não acha nada disso interessante, mas caso você sinta tudo isso também, saiba que você não está sozinho(a), então ore pra que Deus continue gerando em nossos corações um incômodo pelo estado da Igreja atual, e que nós possamos ver estas coisas da maneira que Deus ver. E que todo esse sentimento possa se transformar através da oração em atitudes direcionadas por Deus e que possam resultar em um grande avivamento no meio de nossa geração. E que os jovens possam doar suas forças para isto.

Não pense que a melhor solução seja deixar o convívio com a Igreja ou quem sabe, de uma maneira alternativa viver de forma independente ou isolada. Deus quer uma grande transformação gerada no coração da Igreja e nós, pelo visto, somos chamados pra causar isso por intermédio do Espírito Santo.

Em tudo seja provadas nossas intenções pela consciência do Espírito Santo. E que nos lembremos de uma frase que me marcou bastante, como disse Paul Washer: “Veja se seus joelhos estão sangrando antes de iniciar qualquer tipo de reforma”. Que não venhamos causar nada por qualquer outro motivo, a não ser porque o coração de Deus chora por esta transformação. Pois o que passar disso é orgulho e inútil. Que Deus tenha misericórdia de nós!

Por uma Igreja simples e verdadeira,

Willy Menezes

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A vida preciosa e a lágrima dos aflitos

Sabe, às vezes supervalorizamos nossas vidas e nossos sonhos. A princípio isso parece até bom e justo, principalmente se for de acordo com os nossos esforços e por termos lutado tanto pra conquistar aquilo que queremos. Mas por outro lado penso e sinto hoje que isso em parte, parece no fundo, um pouco de egoísmo e vaidade. Mas podemos nos justificar bem para dizer que não é.

Quando comecei a me envolver mais com missões, pude perceber uma triste realidade da igreja e das nações. Pude perceber uma fraqueza nossa (igreja) e falta de coragem. Na mesma proporção, pude conhecer um pouco da necessidade de muitos ao redor do mundo (e não conheço tanto).

Por várias vezes já parei para pensar em minha vida, levando em consideração estudos, profissão, carreira e tudo que eu poderia conquistar. Isso nos trás as vezes satisfação. Não somente a nós, mas também à nossa família. E particularmente, tenho muitos sonhos e projetos que seriam brilhantes, se executados!

Hoje sei e creio que a qualquer momento minha vida pode ser tomada, da mesma forma que a sua, da mesma forma como vemos todos os dias nos jornais vidas indo embora. Sonhos e planos que se resumem a NADA!

E o que eu não quero é viver sem poder dar minha vida por outros, o que ainda faço tão pouco. Jamais quero ter a sensação de tempo perdido aqui na terra. Não quero chegar a certa idade e pensar: “eu poderia ter feito mais”. Não quero ir embora sem cumprir da melhor forma o que Deus me disse para fazer: amar a Deus sobre todas as coisas e ao meu próximo como a mim mesmo.

E por falar no meu próximo, em média 70% dos asiáticos nunca ouviram falar de Jesus Cristo, metade da população mundial vive com menos de R$ 4,00 por dia. 30 Mil pessoas morrem de fome todos os dias. Há em média 13.000.00 de órfãos no mundo. A prostituição, o abandono, as drogas, doença, a morte alcança essas pessoas diariamente. Estes também são meus próximos. Mas pra fazer isso, as vezes custa a nossa própria vida, os nossos próprios sonhos.

“Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” Atos 20:24

Há muito trabalho, muito. E como disse William Wilberforce: “Que não seja dito que fiquei em silêncio quando precisaram de mim”

Devemos aprender mais sobre o amor e misericórdia, e nos importarmos mais em levar alegria aos povos: Jesus Cristo - Quanto será que vale levar a esperança àquele que nunca a conheceu? Levar paz ao aflito, libertar os oprimidos, aliviar as dores dos que sofrem, dar pão ao faminto, amar ao próximo... Como a Bíblia nos ensina. Quanto vale? Vale as vezes abandonar muitos dos nossos sonhos para poder fazer aquilo que a Bíblia nos ensina a fazer.

Penso que quanto mais valorizamos nossa vida, mais longe estamos de cumprir o propósito de Deus para nossa vida aqui na terra. E assim também Jesus Cristo nos deixou um ensinamento:
 “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” Mateus 16:24-26

Infelizmente a prioridade da igreja não parece ser essa. Vemos tantas vezes brigas teológicas, divisões, discussões que não levam a lugar algum, investimentos altos em templos de forma desnecessária, enquanto o mundo necessita do amor que dizemos ter, da misericórdia, da justiça, da igreja. Centenas de missionários são perseguidos por testificarem desse amor, e se nós não somos, vamos nos unir neste sofrimento e orar por estas vidas.

...Homens dos quais o mundo não era digno!

Willy Menezes
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