sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

“Os teus olhos me viram a substância ainda informe...” Salmo 139.16


“Os teus olhos me viram a substância ainda informe...” Salmo 139.16

Nada é encoberto de Deus na formação de qualquer pessoa. Deus é quem forma o íntimo do ser e dá origem à vida. E Ele mesmo é testemunha dessa assombrosa e maravilhosa formação, pois como diz o salmista “os teus olhos me viram a substância ainda informe”, o mesmo que “embrião”. Quando me pus a pensar nisso, meu corpo tremeu literalmente por ver quão maravilhoso Deus é.

Ele mesmo é quem considera a importância da vida mesmo sendo ainda uma substância não formada, mesmo sendo ainda um embrião. Por isso é que não se trata de um amontoado de células. Se trata da grandeza de Deus sendo revelada por meio da formação do homem, são as admiráveis obras do Senhor; e a minha alma o sabem muito bem. Quem sou eu para dizer o contrário? Me colocarei contra tamanho testemunho de Deus? Eu diria, quem é o STF para dizer o contrário?

"Por que eu deveria tratar um embrião - ele ainda não é nem um feto -, como um ser humano vivo"*, disse uma jornalista “cristã”. É simples, porque Deus já considera com tamanha importância e amor, porque são obras maravilhosas e admiráveis das mãos do Senhor. Porque o homem já é portador da imagem divina no ventre da sua mãe, e por isso é um ser distinto de toda criação. Nada mais!

Sugiro a você a leitura e meditação do Salmo 139.

Que Deus abençoe,
Willy Menezes






quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Selfie, identidade e desejos. Uma breve reflexão sobre eu e você!

É triste notarmos que muitas intenções nossas são, na verdade, para promover aquilo que não é, a fim de saciar o que os outros desejam e aplaudem. Nos esforçamos para apresentar aos demais aquilo que eles mais desejam. Não somente isso, queremos também saciar a nossa necessidade de sermos notados pelos outros e não poucas vezes nos apresentamos à plateia como alguém que não somos e sim a imagem que construímos. Tomamos emprestado os desejos dos outros sem ao menos nos questionarmos a respeito e se há valor nisso. O desejo do nosso coração é tão corrompido que mal podemos sondar a nós mesmos. Diante disso, quero compartilhar algumas áreas de atenção sobre nossa vida que eu e você precisamos, em certa medida, tomar cuidado.

Identidade emprestada
Quem seria você se [você] não tivesse ouvido de outros o que pensam sobre você? Se não tivessem dado opinião alguma sobre quem você é? Algumas vezes acreditamos mais no os outros dizem a nosso respeito do que aquilo que realmente acreditamos ser em nossa essência. Cremos, por diversas vezes, que somos aquilo que a sociedade vê e diz quem somos, mesmo diante dos seus interesses políticos, sociológicos ou econômicos. E facilmente nos tornamos escravos disso. Perdemos a nossa identidade e tomamos emprestada a identidade que a sociedade nos deu.
            Em última análise, o que a Bíblia diz sobre nós é aquilo que somos, e isso é o que deve ser determinante. Mas é preciso conhece-la. O nosso histórico de vida, a sociedade, educação, cultura e tudo que vamos apreendendo durante a nossa vida faz parte da construção da nossa identidade, mas não é determinante sobre quem nós somos. Somente aquele que nos constituiu (que nos deu vida) tem autoridade e capacidade de dizer quem somos e para que fomos criados.

Imagem emprestada
            Sabe aquele momento que nos esforçamos para mostrar aos outros aquilo que não somos ou não estamos vivendo? Estamos, na verdade, desejando ser o ideal de pessoa que todos querem ver e que admirar. Queremos apresentar uma boa imagem para que todos possam curtir. São aqueles momentos que gastamos mais tempo preparando o cenário para a foto e pensando em quantas curtidas receberemos do que vivendo o que a vida nos permite viver. Organizamos o ambiente para mostrar uma imagem que não é real. Mas por trás de tudo isso? Como anda o coração? Muitas vezes tédio, indecisão, falta de identidade e infelicidade são o que sobram. Não estou falando de fotos profissionais, comerciais ou coisas do tipo. E sim em questões relacionadas ao dia-a-dia.
            O mundo hoje (em especial na internet), em grande medida, é feito por cenários montados e ambientes manipulados. De um lado alguém que deseja ser o ideal para os outros e suprir as expectativas de terceiros se saciando nisso. E de outro lado pessoas que fingem e insistem em acreditar que a vida é como se vê nas fotos. Mas que no fundo, no fundo, sabem que a realidade é diferente, mas não querem se render a ela. Preferem continuar em um ‘mundo ideal’, repleto de ilusões.
            Todas as vezes que queremos mostrar algo que não é real estamos, na verdade, revelando uma grande necessidade do nosso coração. Curtidas e aplausos não resolverão o problema. Somente Cristo pode suprir e preencher este vazio, pois fomos feitos à imagem e semelhança dele. Aquilo que nos falta só pode ser encontrado nele.

Desejos emprestados
Este ponto é bem interessante e tem tudo a ver com nossa identidade. Você já parou para pensar que muitos dos nossos desejos são, na verdade, desejos que tomamos emprestados de outras pessoas? Muitas vezes não desejamos algo em si, genuinamente, mas passamos a desejar porque todos estão desejando, ou porque um grupo determinado de pessoas (do qual queremos fazer parte) desejam. Pense um pouco nisso!
Isso se relaciona no campo das personalidades também. Será que admiramos tais personalidades pelo fato de realmente conhece-las ou saber das suas ideias? Ou porque todos dizem algo bom sobre ela e estão aplaudindo-a por conta do seu status atual? Se ela não fosse tão aplaudida e notada pelos outros, apenas por você, será que ainda assim a admiração existiria?

Defesas das ideias emprestadas
Algo possível e claro de se notar é que, muito facilmente, as pessoas que defendem determinadas ideias, na verdade não conseguem justifica-las. Não são poucos os meros imitadores que encontramos principalmente na internet, que não consegue encontrar base alguma para argumentar aquilo que defende. No fim, acaba no campo da subjetividade, que não consegue ser explicada com o mínimo de lógica, razão ou justificativa possível.
O complicado é quando isso acontece com a nossa Fé. Será que estamos apenas reproduzindo dogmas, argumentos e ideias? Ou temos capacidade para fundamentar nossas concepções a partir do conhecimento bíblico?  Temos que ter cuidado para não tomarmos emprestadas as ideias de outros sem saber, no mínimo, por qual motivo estamos fazendo isso.

Nos deparamos constantemente com todas as situações acima e nem sempre vamos conseguir filtrá-las. Sempre tento analisar qual é minha verdadeira intenção em falar ou publicar algo, como por exemplo, este texto. As vezes sou enganado por mim mesmo, por argumentos que crio e estou convencido; na verdade são meus desejos corrompidos que me driblam e são executados. Diante de tudo isso vejo o quanto somos necessitados de Deus e não somos capazes de discernir a nós mesmos.

Não há problema algum em postar fotos, publicar textos, compartilhar suas ideias, desejar algo, admirar ou imitar alguém. Isso é natural do ser humano e faz parte. Porém, o exercício da reflexão nunca foi tão importante. Vamos desligar o “modo automático”, parar e pensar um pouco. É sempre bom analisarmos o motivo que nos leva a fazer ou desejar algo. Sem dúvida, muitos desejos são genuínos, mas alguns ficarão sem explicação ou virão acompanhados de uma justificativa esfarrapada. Desconfie destes!

Creio que um bom exercício é pensarmos um pouco sobre quem nós somos. Refletir um pouco sobre nossa identidade e sentido de vida. Quais nossos maiores sonhos, virtudes, dificuldades e limitações? No que, de fato, cremos, como e porque cremos? E afinal, onde e como queremos chegar? Qual foi a última vez que você parou para refletir sobre isso?

Diante disso, mais uma vez vemos que Deus é o único capaz de sondar plenamente nossos corações e intensões. Que Ele seja nosso parâmetro, nossa direção, nosso princípio e nosso alvo. E que Ele sonde todos os dias nossos corações e mentes. Sugiro a leitura do Salmo 139. E depois um pouco sobre a "Teoria Mimética".

Um abraço,

Willy Menezes

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Santificação: obra de Deus ou do homem?


"...à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso" 1 Coríntios 1.2

Percebemos no versículo acima dois aspectos importantes sobre "santidade". Paulo saúda a igreja em corinto e escreve aos ‘santificados em Cristo Jesus’ e que estes são chamados para 'ser santos'. O que isso quer dizer?

Ser ‘santificado em Cristo’, significa que nós somos separados em Cristo Jesus. Isso nos mostra uma condição em que nos encontramos. Se refere a uma posição (status) que desfrutamos graças à obra redentora de Jesus . Isso quer dizer que esta santificação não é alcançada por esforços humanos. Isso foi realizado uma única vez e sendo suficiente para sempre. Isso tem a ver com a salvação.

O segundo aspecto que Paulo destaca é que estes ‘santificados em Cristo Jesus’ são chamados para ser santos. E isso significa viver seguindo os passos de Cristo, e viver de maneira digna da vocação que fomos chamados (Ef 4.1). Esta santificação requere esforços diários, mas somente será possível se formos separados em Cristo Jesus. Deve ser evidência viva, na prática, de alguém que foi salvo em Cristo. Isso deve ser realizado constantemente, todos os dias, até que cheguemos na glória. Isso tem a ver com quem é salvo.

Para complementar gostaria de resumir três importantes aspectos da salvação:

1. Somos livres da culpa do pecado - tem a ver com nossa justificação em Cristo (passado)
2. Somos livres do domínio do pecado - tem a ver com nossa santificação diária (presente)
3. Seremos livres da presença do pecado - tem a ver com nossa glorificação em Cristo (futuro)

O desafio

"...todos, a uma voz, gritaram por espaço de quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios!" Atos 19.34

Quando Paulo escreve à igreja de Éfeso, ele nos mostra como era o entendimento bíblico sobre santidade. E não há padrão melhor para entendermos como devemos viver a santidade nos dias de hoje. Éfeso era uma das maiores cidades do império romano, com uma grande população pagã. Ali viviam os adoradores da deusa Diana, que possuía um templo com 20 metros de altura, e era considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo.

O culto à própria deusa Diana era uma das grandes fontes de economia daquela cidade. A cultura, práticas, costumes e o dia a dia das pessoas que viviam ali eram contrários ao que a bíblia ensina. Além disso, muitas doutrinas contrárias à palavra de Deus eram propagadas naquela cidade.

Somos chamados por Deus para sermos santos e ao mesmo tempo vivermos em “Éfeso”, ou seja, em um local onde os princípios pagãos são praticados. É assim que Paulo chamou aqueles irmãos: "Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus" Efésios 1.1

Independentemente de vivermos em uma sociedade corrompida, isso nunca será desculpa para não sermos santos ou para não sermos fiéis. Os irmãos de Éfeso, apesar de todos os desafios, foram chamados para santidade e à fidelidade em Cristo Jesus e desafiados a viver assim. E também nós somos chamados assim.

Willy Menezes

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Verdades que a morte pode nos ensinar sobre a vida (parte 1)

Quais os momentos da vida que nos colocamos em uma reflexão profunda? Será que é quando conseguimos algo que tanto sonhamos; ou ganhamos um presente tão esperado? Quando paramos para pensar a fundo no sentido da vida? Arrisco dizer que, na maioria das vezes, são em momentos difíceis, de perda, sofrimento e provações.

Hoje [no dia em que o texto foi escrito] a minha noiva perdeu alguém que era especial para ela – uma amiga que morreu. Por isso, comecei a pensar um pouco no assunto. E depois de refletir, concluí que a morte tem muito a nos ensinar sobre a vida. Isso não vem a ser nenhuma apologia à morte, mas ao oposto dela: a vida. Deixe-me tentar lhe explicar nesse breve texto 3 importantes verdades que a morte pode nos ensinar sobre a vida.

Quando pensamos na possibilidade de perder alguém que amamos, logo somos tomados por um desejo enorme de abraça-la forte, viver os melhores momentos com ela e tentar demonstrar o quanto ela é especial para nós. Somos capazes até de, se possível, realizar todos os desejos dela. Tente fazer esse exercício e você vai entender melhor.

Neste momento, não levamos em conta as brigas, diferenças, dívidas, ou ofensas que a outra pessoa tenha cometido contra nós, pois consideramos a vida algo tão maior e temos estas outras por pequenas e insignificantes. Talvez você tenha chegado a esta conclusão também. Mas consideramos, na maioria das vezes, estas coisas, quando nos deparamos com a situação ou possibilidade da perda, quando na verdade, deveríamos considerá-las em toda oportunidade de vida. Por isso, esta é a primeira importante verdade que a morte pode nos ensinar sobre a vida: precisamos demonstrar mais amor a quem, de fato, amamos. Isso nos ajuda a valorizar as pessoas e aproveitar as oportunidades com quem amamos.

Não importa a riqueza que temos, a beleza, o quanto somos bons em algo, o que construímos ou estudamos. Em algum momento, e talvez o menos esperado, a morte chega para todos. Chegará, portanto, para o homem mais rico do mundo e também para o homem mais pobre – sem nenhuma distinção. Onde estão os poderosos desta terra? Onde estão os sábios e detentores dos maiores conhecimentos? Nenhum destes podem se eximir dela. Isso nos mostra a nossa humanidade e condição limitada – situação em que todos se encontram. Por isso, a segunda verdade que a morte pode nos ensinar sobre a vida é que no fim das contas, somos todos iguais. Isso nos ajuda a ser pessoas mais humildes e nos identificar mais uns com os outros.

Podemos passar a vida inteira sendo bons cidadãos, cuidando das coisas naturais da vida, como família, educação, profissão, relacionamentos, casa, bens e por aí vai. Porém, no momento em que perdemos alguém próximo de nós, a tristeza é imensa e nos toma as vezes de uma maneira desesperadora a ponto de que todas as coisas citadas acima parecem não fazer mais sentido algum. Isso nos mostra que a vida terrena não é, de fato, tudo. Esta é a terceira verdade que a morte pode nos ensinar sobre a vida.

E o que, na verdade, mais importa na vida? O que mais importa na vida é aquilo que está além do seu ciclo natural. Se a vida não é tudo, é apenas parte de um todo, não existe maior sentido em algo que esteja limitado pela morte ou pela vida terrena. E não há ninguém, além de Cristo, que tenha vencido a morte e dominado sobre ela. É somente nele também podemos vencê-la. Digo, portanto, que uma vida sem Cristo, é uma vida sem sentido algum.

A perda de alguém que amamos é uma dor profunda. É motivo de tamanha tristeza, embora faça parte do ciclo natural da vida. É uma dor que, em muitos casos, parece não ter fim. Mesmo sendo difícil superar, se temos Cristo, a vida não deixa de ter sentido. É por isso que desejo, no fundo do meu coração, que você tenha ele em sua vida, pois por mais duro que seja a perda de alguém, embora Cristo não prometa a ausência da dor, da lágrima e do sofrimento, ele promete a presença do Espírito Santo para nos consolar, e a certeza de uma vida eterna aos seus, onde não existirá mais dor e nem lágrima alguma. Cristo é nossa esperança!

"E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão." 1 Coríntios 15.54-58

Que Deus lhe abençoe!

Ps.: há muito o que se falar sobre o assunto e aspectos que eu mesmo gostaria de escrever, porém, preferi deixar apenas uma simples reflexão para não me estender muito. Talvez em algum outro momento faça uma segunda parte do texto.

Willy Menezes

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