quinta-feira, 19 de maio de 2016

Verdades que a morte pode nos ensinar sobre a vida (parte 1)

Quais os momentos da vida que nos colocamos em uma reflexão profunda? Será que é quando conseguimos algo que tanto sonhamos; ou ganhamos um presente tão esperado? Quando paramos para pensar a fundo no sentido da vida? Arrisco dizer que, na maioria das vezes, são em momentos difíceis, de perda, sofrimento e provações.

Hoje [no dia em que o texto foi escrito] a minha noiva perdeu alguém que era especial para ela – uma amiga que morreu. Por isso, comecei a pensar um pouco no assunto. E depois de refletir, concluí que a morte tem muito a nos ensinar sobre a vida. Isso não vem a ser nenhuma apologia à morte, mas ao oposto dela: a vida. Deixe-me tentar lhe explicar nesse breve texto 3 importantes verdades que a morte pode nos ensinar sobre a vida.

Quando pensamos na possibilidade de perder alguém que amamos, logo somos tomados por um desejo enorme de abraça-la forte, viver os melhores momentos com ela e tentar demonstrar o quanto ela é especial para nós. Somos capazes até de, se possível, realizar todos os desejos dela. Tente fazer esse exercício e você vai entender melhor.

Neste momento, não levamos em conta as brigas, diferenças, dívidas, ou ofensas que a outra pessoa tenha cometido contra nós, pois consideramos a vida algo tão maior e temos estas outras por pequenas e insignificantes. Talvez você tenha chegado a esta conclusão também. Mas consideramos, na maioria das vezes, estas coisas, quando nos deparamos com a situação ou possibilidade da perda, quando na verdade, deveríamos considerá-las em toda oportunidade de vida. Por isso, esta é a primeira importante verdade que a morte pode nos ensinar sobre a vida: precisamos demonstrar mais amor a quem, de fato, amamos. Isso nos ajuda a valorizar as pessoas e aproveitar as oportunidades com quem amamos.

Não importa a riqueza que temos, a beleza, o quanto somos bons em algo, o que construímos ou estudamos. Em algum momento, e talvez o menos esperado, a morte chega para todos. Chegará, portanto, para o homem mais rico do mundo e também para o homem mais pobre – sem nenhuma distinção. Onde estão os poderosos desta terra? Onde estão os sábios e detentores dos maiores conhecimentos? Nenhum destes podem se eximir dela. Isso nos mostra a nossa humanidade e condição limitada – situação em que todos se encontram. Por isso, a segunda verdade que a morte pode nos ensinar sobre a vida é que no fim das contas, somos todos iguais. Isso nos ajuda a ser pessoas mais humildes e nos identificar mais uns com os outros.

Podemos passar a vida inteira sendo bons cidadãos, cuidando das coisas naturais da vida, como família, educação, profissão, relacionamentos, casa, bens e por aí vai. Porém, no momento em que perdemos alguém próximo de nós, a tristeza é imensa e nos toma as vezes de uma maneira desesperadora a ponto de que todas as coisas citadas acima parecem não fazer mais sentido algum. Isso nos mostra que a vida terrena não é, de fato, tudo. Esta é a terceira verdade que a morte pode nos ensinar sobre a vida.

E o que, na verdade, mais importa na vida? O que mais importa na vida é aquilo que está além do seu ciclo natural. Se a vida não é tudo, é apenas parte de um todo, não existe maior sentido em algo que esteja limitado pela morte ou pela vida terrena. E não há ninguém, além de Cristo, que tenha vencido a morte e dominado sobre ela. É somente nele também podemos vencê-la. Digo, portanto, que uma vida sem Cristo, é uma vida sem sentido algum.

A perda de alguém que amamos é uma dor profunda. É motivo de tamanha tristeza, embora faça parte do ciclo natural da vida. É uma dor que, em muitos casos, parece não ter fim. Mesmo sendo difícil superar, se temos Cristo, a vida não deixa de ter sentido. É por isso que desejo, no fundo do meu coração, que você tenha ele em sua vida, pois por mais duro que seja a perda de alguém, embora Cristo não prometa a ausência da dor, da lágrima e do sofrimento, ele promete a presença do Espírito Santo para nos consolar, e a certeza de uma vida eterna aos seus, onde não existirá mais dor e nem lágrima alguma. Cristo é nossa esperança!

"E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão." 1 Coríntios 15.54-58

Que Deus lhe abençoe!

Ps.: há muito o que se falar sobre o assunto e aspectos que eu mesmo gostaria de escrever, porém, preferi deixar apenas uma simples reflexão para não me estender muito. Talvez em algum outro momento faça uma segunda parte do texto.

Willy Menezes

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